quarta-feira, 15 de junho de 2016

Sozinho Recolho-me

Sozinho recolho-me tal um poente,
Aproxima-se a noite e seu firmamento
Um último sorriso para a boa gente,
Uma boa última impressão assim tento,

Fatiga e porções de silêncio sob a cortina,
Esta é a hora em que os vidros quebram,
Passos dados num sonho além da neblina,
Onde ainda musas vagueiam e desesperam,

Desencontradas do poeta caí água do céu,
Por todos os seus desertos, sóis e miragens
No seu olhar reflectida sob a noite de breu

Quando a caminhar já não se faz as viagens
É difícil calcular ao certo quem sou eu,
Quanto mais deslindar a beleza da paisagem.