A noite de insónia, a morte do poeta,
Com a madrugada feita de sonolência,
Lentamente vem pela janela indiscreta
De mão dada com sua própria existência,
A distância era como daqui ao horizonte,
Refulgia nos passos dados no asfalto,
Escuta seus ecos perdidos entre a ponte
Das margens afastadas em seu sobressalto,
Viandante pernoitas no tempo escondido,
Atrás da Lua com teu coração na mão,
É teu o fado de dar-se como perdido
Sendo por vezes a vida só aberto caixão
Onde se deita enfim o sonho colorido,
E em silêncio se poisa a constelação.