quinta-feira, 16 de junho de 2016

Passam as Horas

Passam as horas, os minutos e os segundos,
Será que tenho sido o poeta de asa alada?
Ou só mais um louco entre mil vagabundos
Que no mundo não tem lugar, não tem nada

Pouco mais para além da curva da estrada,
Esperando pelo que não chega, a procura,
Para lado nenhum é tão breve a chegada
E será uma vida enquanto o coração dura,

Vida essa que hoje aparenta estar pendente,
Quando chegarei a casa para assentar os ossos?
Ouço a morte que suavemente chama silente,

Quebrando todos os sonhos que são nossos,
Será que ainda sou o antigo jovem de mente
Ou será que irei cair em seus fundos fossos...