A minha poesia é triste, taciturna e vazia,
Fala somente do que ficou para trás,
Coisas idas que com tal fervor pretendia
Que acabaram por se tornar coisas más,
Perdeu a rima, métrica e a palavra perfeita,
O sentimento próprio desta minha escrita
É só desgosto pesaroso e esta dor desfeita,
É o coração quebrado que já não palpita,
Por favor, a saudade em mim tem lar,
Este olhar penoso perdeu as estrelas
A escuridão em mim encontrou lugar
Ou então sou eu que me escondo delas,
Pois esta é a dor do amante a amar
Quando há perdido a sua donzela.