Sozinho e solitário o viandante vacilou
Na margem de uma qualquer estrada,
Não sabendo o que na viagem alcançou
E quanto o alcançado parecia nada,
Beijava o asfalto com esforço redobrado,
De joelhos no chão bradava ao firmamento,
Era o seu coração finalmente quebrado
E substituído pelo eco de um lamento,
Pedia perdão pelo que a si não lhe cabia,
Gritava e chorava procurando solução,
Pois esta vida enfim não lhe pertencia
E em si próprio não encontrava perdão
Para o que ao caminho firmemente exigia
Outro rasgo, outra cicatriz no seu coração.