Estico-me tal ponte entre as margens
Do sono e do sonho abertos em mim,
E ao abrigo da orla e pela passagem
Quando será que enfim chegará o fim?
Eras alma tão gentil que um dia partiste,
Tal nuvem negra pelo horizonte errante
Deixado ao abraço da melancolia triste,
Não alcançando o beijo no céu distante,
Sou somente lugar para as cores a vir,
Até minha mão na sua é mais uma cor,
Enquanto este peito não se reabrir
E soltar as plumas aladas que encerra
São elas outro tom para a palavra Amor
Enquanto vou ferido ao abrigo desta guerra.