quarta-feira, 18 de março de 2015

No Centro da Cidade Pt. V: Saudades da Aldeia

Através do cinza passava o viandante
Esquecendo o que ficou lá para trás,
Não fosse pouco era até bastante
Para lhe alegrar as manhãs,

Dava tal Cristo antes de sua cruz
Caminhando em folhas e areia
Na obscuridade deixava luz
Libertando-se da cadeia

Embelezava até o mais feio lugar,
Da noite escura fazia novo dia
E como se não houvesse chegar

Partia largando a sua melodia
E como se não tivesse acabar
Que saudades da sua aldeia.