quarta-feira, 18 de março de 2015

No Centro da Cidade: O Viandante Chegou à Cidade‏

Passos ecoam os sons da sepultura,
Finalmente havia chegado à cidade,
O dia era breu, era aparente amargura
E o passado deixava restos de saudade,

Então cabia bem num minúsculo frasco
A inteira alma do contemporâneo Homem,
Cada passo mais parecia pulo em penhasco,
Que de desordem cega as forças se tomem,

Era o prazer citadino de ser um pouco menos
Para caber nos sapatos rotos do proletariado,
Até os passos se tornavam mais pequenos,

A arduidade de ter um lar fazia-o de refugiado,
Quedava-se sem respirar por obscuros terrenos
Era o torpor citadino que o havia asfixiado.