Ele pedia e implorava por instantes almejados
Que corriam quase nus e de pés descalços,
De ocasiões que ninguém tinha por ansiados
Em vistosos espelhos que pareciam quase falsos,
Perguntava-me de baixinho qual seria o propósito,
Eu respondia, ainda mais baixo, que o tinha perdido,
Ficava então um ambiente meio estranho, meio esquisito,
Que há muito o havia deixado na berma do já vivido
E essa conversa só interessava ao velhote do fim da linha,
Passava ao lado de todos os que viviam e não reparavam,
Eu olhava para ele e questionava o que tinha ou não tinha
Sido verdade ou miragem ao passar dos longínquos horizontes,
Onde, quando, porquê? Isso só o sabia quem por eles passaram
Enquanto ele esperava ao passar de seus segundos e suas pontes.