quarta-feira, 18 de março de 2015

No Centro da Cidade Pt. IV: Vestígios de Quem Passou

No seu coração vestígios da criança do Elísio,
Em suas omoplatas restos de farta plumagem,
Quando foi, quando teria apartado do paraíso
Tornando toda uma vida os ecos duma viagem?

Por vezes parecia o normal tornar-se inacessível,
Mais que tempo era a sensação do tempo passar
E era essa sensação que ao passar era indizível
Pois enfim nem sequer parecia mesmo cansar,

Porém cansava quem almejava e queria viajar
A quem tinha o mundo como pátio e varanda,
Mais parecia marinheiro perdido em alto-mar

De propósito objectivo quase sem demanda,
Vendo inúmeros rostos sem nenhum ficar
Assim era a vida de quem triste por lá anda.