De dedos esticados para o imenso firmamento
Lembrando-se de outro tempo, de outro lugar,
Esse lembrar rapidamente se tornava tormento
Por ser devaneio longínquo difícil de alcançar,
Por isso ele caminhava sem olhar para trás
E sempre que podia apanhava pirilampos
Para sua candeia o iluminar nas horas más
Por isso a preenchia com tantos e tantos
Que subiam e desciam pela parede fora
Usando-os pela noite até chegar a manhã
Assim suportava o passar de hora a hora
Dormindo e sonhando com o que já passou
Bocas, lábios e o silêncio vindo do amanhã
Pois saibam que todo o ruído assim se calou!