quarta-feira, 18 de março de 2015

No Centro da Cidade Pt. VIII: O Alvoroço Citadino

Com o alvoroço citadino não tinha mais tempo,
Mais tempo ou céu aberto para ver Ema bailar
Por isso lhe dedico um poema deixado ao vento,
O abraço de toda uma vida num eterno amar,

Mesmo que não a veja eu sempre a procurarei,
Posso até mesmo esquecer ou ter-me perdido
E apesar de não poder saber por onde estarei
Trago-a no meu peito bem próximo do sentido,

Esta é o relato das curvas e contra-curvas
Do louco insano correndo nu pela avenida
Reflectindo-se em lagos de águas turvas

Enfim, a cidade, essa comedora de sonhadores
Que jamais é chegada, parece sempre partida,
E o tempo nunca é tempo para seus amores.