Por onde vai a noite pelo firmamento
Quando o Sol cai por trás do horizonte?
Ouvirei sua voz, escutarei seu lamento,
Enquanto vou por desmoronada ponte?
Vejo-a frágil enfim encostada à parede,
Esperando pelo vagão do esquecimento
E por fonte para saciar esta minha sede,
Enquanto passa o instante, o momento
Pelo tropel insano das horas solitárias
Perdurando num clamor à distância,
Escrevo em sua honra mil e uma árias
Na esperança de acalmar esta ânsia
Sussurrando às sombras a luminária
À esbelta noite e a sua fragrância.