E vencemos a morte se vivermos em Vida,
Pobre de quem deixa e espera a lamparina
Pois ao resto desta pequena porção, à partida,
Somos apenas o que deixamos desta ruína,
O sangue e o suor será um dia apenas poeira,
Fruto de toda uma passagem sob o sol quente,
Não há tempo para parar devido à canseira,
Há que viver o que é vida, viver o presente,
Pois em breve a morte trará seus dedos esticados
E o descanso eterno será numa caixa de madeira
E repouso a todas as porções, instantes e bocados,
Serão guardados apenas os que colocamos na algibeira,
Eventualmente deslizaremos por esverdeados prados,
Convém amar o instante sem ser envolto pela cegueira.