Hão-de haver pinturas de sua delicadeza,
Espraiadas em paredes feitas de algodão,
E por esses recantos haverá enfim beleza
Como almejo tocar-lhes com esta mão,
Desenfreado bate no peito o coração,
Ignorante quanto para onde pode ir
Mas aberto como asas de um gavião,
Como o consigo plenamente sentir,
Aquele pescoço e peito é minha perdição,
Lugar onde alegremente faria guarida,
Ouçam pois este pedido, esta canção,
Há instantes em que ela não é ouvida,
Porém em seu olhar tenho a razão
Para continuar a viver nesta vida.