Olhos cravados ao abraço da solidão
Vejo semblantes sem terem contorno
E onde vai a minha já não está a sua mão,
Será este enfim o ponto sem retorno?
Só mais um beijo e a partida então virá,
Por favor não me deixes para trás,
Por onde irei, o que de mim será
Ao tiquetaque das horas más?
De quem a sombra já não o segue,
Ela já não está cá, já não me quer,
Que nas ruas escuras encontre albergue,
Santuário para os perdidos da vida
Quando já não há quase nada a dizer,
Amor, desejo-te bem à nossa despedida...