Esperámos por todo este Inverno,
Pelo Outono e Verão também,
Pelo fim deste tenebroso Inferno
Pela Primavera que não vem,
Tantas saudades de nós sob o Sol,
Calcando assim folhas caídas
E das tropelias sob o lençol,
Trocava-as agora por uma vida,
Pois poeta já não sou mais,
Sou pena deixada à estrada,
É triste admitir a perda do cais
Mas parece já não haver nada,
Só esta ânsia e coisas tais
Que na pele tenho cravada.