Este sono é pertença entre pálpebras semicerradas
Onde os cantos das paredes escutam as confidências
Feitas ao rosto da lua quando só a lua nova é escada
Para o sublime pincelado onde se esboçam as ausências
De quem por lá passou e ora as desceu ou então as subiu,
Deixado para trás ficou o aqui neste ténue almejo suspirado,
O sonhado concretizado que este olhar um belo outrora viu,
Gentil e suave, como batidas sobre o caixão levemente baixado
Truz… truz… truz… seu semblante é neste tão formoso sorriso
Chorado por diferentes segundos alguém num dia já percorrido
E tornado passado em tal rapidez através do meandro indeciso
Que por vezes até duvido que a Vida tenha realmente acontecido…
Vem sono, traz-me o Sonho, da sua concretização ainda preciso
Pois o ser na Vida para um dia beijar bem a morte assim faz sentido.