Há segredos que nem as paredes devem saber,
As esquinas já os conhecem e já os esqueceram,
Há becos e cantos cuja passagem é o perder
Dos passos atrás dados e o que estes souberam,
Era ela, sempre à distância de um longo suspiro,
Beleza em frágeis delicadezas adiante projectadas,
Para lá dos degraus aonde suave e lentamente espiro,
Algures… as suas pestanas por estas eram beijadas,
Agora são esqueletos no armário e monstros sob a cama
Daquele cujos lábios amontoam fracções de constelações
Ora tornadas na aventesma que este nome ainda chama,
Frágil e delicadamente ecoa e ecoa numa suave lentidão,
De olhos bem fechados passam não passando as estações
Pois o tempo não é tempo aquando da bradicardia do coração.