Aquelas eram as noites
dos três murmúrios distantes.
Esboçando sorrisos
suspirava através da branda brisa
Que rodopiava em espirais
por escadarias ondulantes,
De mãos e braços
esticados à Lua estava Rosa - a poetisa.
Ema espreitava, porém
raramente olhava para baixo,
Saltitava de nuvem em
nuvem sempre amorosa e ligeira
Confundindo-a com Orfeu
apenas algumas pegadas abaixo,
Esse viajando dentre
avantesmas largando o trilho à poeira,
Por vezes tomava Rosa por
Eurídice e invitava-se ao escape,
Essa fuga era para o
Sonho de Ema ou para o sono de Rosa,
Que nem Ícaro esvoaçava
desenfreado entre Vénus e Marte,
Arrebatado ele era o
pouco demasiado, o poema em prosa
Em vagão destravado, o
caldo entornado no que é à parte
Nesta propensão à grande
ascensão e à queda buliçosa.