O quarto sob o tecto onde vivem estrelas cadentes,
À sua queda e reencontro ora as perco ora me revejo
Numa razão para o Verão quebro o elo aos ausentes,
Vai-se o ruído de fundo, vindo o toque em tal almejo
Que apenas importa a vista acima do topo da colina
Do caminho torneado a ouro pelas crianças do Elísio
Onde Ema, sua irmã, se torna no firmamento bailarina
E as abraça e as beija a dois passos e meio do paraíso,
Calma… Suave ouço daqui a canção do querubim
Doce e lentamente quedando-se no cimo da pestana
Adormecendo o meramente humano que há em mim,
Sublime passa diagonalmente de mim pela persiana
Sendo no que é lá fora, relembrando naquele chinfrim
Que quando a Beleza é tão bela deixa de ser humana
(… Torna-se Amor).