Estes olhos as pálpebras têm aqui beijado
Doce e suavemente viajando pelo além,
Sendo no conteúdo e da forma desapegado
Traz-se cá para baixo lá de cima este alguém,
E como o mundo é tão grande e tão pequeno
No dois a viagem é o que se espera alcançar
Do limiar da insanidade até ao percurso sereno
As correntes das pernas hei-de a todas quebrar
Pois assim se constroem as escadas para o céu
Eu brilho, eu ardo, eu brilho, eu ardo sozinho
Neste lene silêncio, neste estrondoso escarcéu
Onde brilhámos, ardemos e somos p’lo remoinho...
Agora magia… se exprimisse este sentir por palavras
Não chegariam as letras de “A” a “Z” ou mil abracadabras!