Sim… Sim morrerei de pé e de olhos abertos,
E ao seu abraço saberei o que é a solidão,
Adeus querida luzência de fulgores incertos
Parto sem destino à passagem da estação…
Por tanto ter corrido o mundo não esperou,
Por tanto tudo e nada ter e ter tanto querido
Parte tenho sido em torno do que não restou,
Almejo sem pensar e chego sem ter partido…
Porém por vezes sim, aconteço na pertença
Que é do momento e do momento apenas
E nesse belo, belo instante a cruel sentença
Que adorna e fere no brilho destes diademas
(Amor…) beijai-me as pálpebras e reaviai-me a crença
Deixemos o mundo ir, tornemos as horas plenas.