Olhando para fora caí para o dentro profundo,
Aproximaram-se os aventesmas da longa estrada
E a vida e a morte revi e senti somente num segundo,
Dei-lhes a mão… por ambos a alma ficou enamorada,
Eis que o sono sem sonho cessou perante esta sede,
Insaciável e interminável sobre e sob este tudo e nada
Incontidos pelo sufocante cinzento destas seis paredes
Aventuro-me a fazer do caminho minha única morada
Que a última maré este ósculo enfim e finalmente sustenha,
Pois digo-vos do fundo da fornalha desta ardente alma:
Não há nada nem ninguém que a contenha,
Nem vós meus ternos e demasiados amores o fareis,
Hoje serei no que o ontem deixou nestas palmas
Revivam-me e matem-me mas o sonho não me tireis!