Este quarto à noite simplesmente vira recreio
Onde uma lamparina ondeia e fulge entretida
Pelo firmamento do ontem num doce passeio
Enquanto aponto os cantos onde ela é reflectida
Pois pela noite somos todos igualmente belos,
Plácidos à espera do resvalar do que tem sido,
À medida que ela nos passa a mão pelos cabelos
O silêncio ganha a voz que se delineia após o ruído
Da tormenta, a longa estadia nos olhos dos torvelinhos
Que quando vem a acalmia o desterro ermo vira flor
E sorrimos vertidos no tecto já não estando sozinhos
Assim resfolgando lembrando nosso nome e a sua cor
Onde o segundo acontece e nos leva pelos colarinhos,
Aqui pretendo ir para onde quer que o dia seja ou for.