segunda-feira, 1 de abril de 2024

Poeta Procura Musa

O seu olhar e nome é pelas árvores sussurrado,
Por ela, o doce receptáculo do carinho profundo,
Eu sou o poeta perdido, procurando ser beijado,
Enquanto vamos pelas bermas do ribeiro fecundo,

As formas onde a Primavera é em si adormecida,
São vultos acossando o poeta e a sua envoltura,
É convulsante e no chão, a donzela seria fingida
Ou seria ele o dono que um mundo cão augura,

Que se curva tal a vida, por momentos pungente,
É esta batalha que vai reabrindo a sua eterna ferida
E que lhe relembra o conforto que é estar ausente,

Mas amor com amor se paga, amor é bem aqui preciso,
Somos a estrada e veículo para a passeata perdida,
Somos fuligem para o fumo que de si é indeciso.

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