quarta-feira, 17 de abril de 2024

Lamento à Estrada

Desabafo suspiros na orla da branca estrada,
Perdido sem o seu fôlego, sem a sua beleza,
Nunca foi suficiente esta barca cá fragmentada
Para alumiar a luz com estes píncaros de incerteza,

Maremotos de saudade, tsunamis de nostalgia,
Durante horas, durante dias, senti-me completo,
Pois era porção e centro do tido como real magia,
E esse caminho levava-me face ao esbelto trajecto,

Desperdiçamos luz, sim, acredito que algures seriamos,
Mais do que alguma vez pudemos ser neste amanhã,
Sem esperança no ontem, por si nos quebraríamos,

Há uma lágrima que trago num beijo aqui protelado,
Adiado então para um dia que temo nunca vinda terá,
Esta é a triste sentença para o amador que há amado.

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