Silenciosamente, sussurramos os nossos apelidos,
Esticados por momentos alienígenas, algibeiras
Abertas por tempos incertos, enfim tão perdidos,
Por aqui é onde andávamos de mãos em rasteiras,
Aqui ecoam lembranças em surtos ao acaso deixados,
Nem poeta sou, não com este bater desassossegado,
A noite para estar confuso, dois trilhos desconectados,
Para esquecer e por um ombro desaparecido ser apoiado,
São pesadelos e cruzes no pavimento e sepulturas abertas
Somente para nós, com luz ou sem sol, por agora tudo bem,
O silêncio esperando ir adiante, são estas as horas tão incertas,
O tiquetaque é a lágrima batente, custa-me o mundo, dói-me a verdade,
Que é o fim, o absoluto fim, sem a despedida pelo comboio que vem,
Indubitavelmente sozinhos, esta é sim a minha eterna e única soledade.
Blog do músico e poeta português Joel Nachio onde este vai escrevendo e reunindo escritos poéticos.Tal como as músicas são compostos de forma única a partir do mais sublime reflexo, em retoque, do seu sentimento e poesia. Alguns poemas já pertencentes a livros, outros ainda "frescos" e originais no website...
terça-feira, 23 de abril de 2024
No Silêncio da Ausência
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