Estava errado, pois afinal não era para ter um final feliz,
Nas estrelas tal demarcado, e eu tratado como um petiz,
Até fui eu a escolher a minha dor do menu do coração,
Escolhi o júri, jurado e executor desta minha triste canção,
E faltam-me as asas para poder ser voo, sua mão na minha,
Enganos após enganos, sim sou apenas outra alma sozinha
Sem lugar para ter sítio, sem sítio para possivelmente ter lugar,
A esquecer lentamente o que é viver, a morrer por tanto amar,
Por baixo de um buraco, num arco quebrado cai a seta em mim,
Somos nós a regra partida de Cúpido, a dolorosa verdade assim,
Nem importa mais o caminho até agora trilhado, nada é importante,
O resguardo caiu, o refúgio fugiu, e neste trilho sempre inconstante
Sou peão e transeunte, com um beijo que de mim se foi esquecendo,
Se ela de mim já não é parte, então de mim me vou aqui perdendo.
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