segunda-feira, 6 de maio de 2024

Ecos de Um Amor Perdido

Em breve meu amor seremos novamente poeira,
Os laços que unem desprenderam-se na eternidade,
Não alcançamos o horizonte, solidificou-se a fronteira,
Fronteira essa que, porém, não matou esta voraz saudade,

O vazio no peito aliado as lembranças esquecidas são esta solidão
A sua querida ausência, outro adeus para esta alma tão perdida, 
Faz-me incidir tal estrela num silêncio ensombrado tricotado à mão,
É tão difícil caminhar de novo sozinho, é tão difícil esta nova despedida,

Da nostalgia de quem sente as cicatrizes abertas, esvaecendo num lamento,
É a ruína de quem acredita que amar é o mais altivo dom, o sacro sacramento,
Desesperado e abandonando o sítio ao qual outrora apelidávamos de querido lar,

No meio deste desencanto, deste desvanecer, não me parece ser possível aqui ficar,
Queria ser breve, somente dizer-lhe o quanto para mim ela para sempre significará,
Mas este é o tempo do consolo num silêncio sem dono dum amor que jamais perecerá.

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