domingo, 12 de maio de 2024

Poeira de Ouro

Há poeira de ouro no olho e no seu canto,
Pois canto lamentos para quem os ouvir,
Vistas e sons vão e alimentam este pranto,
Por vezes neste trilho apetece é desistir,

Fotografias que relembram o então passado,
Congeladas em memória num doce beijo,
Algures sei que tenho enfim por cá ficado,
E que por cá tenho sim perdido o almejo,
 
Esses caminhos que juntos fomos caminhando,
Onde nossos apelidos se juntavam alegremente,
Nunca pensaria que este coração se ia quebrando
 
Pois alguém algures sorriu entre a bruma e escuridão,
Tempos esses que passaram tão rápido e docemente
Que a poeira de ouro já nem quer ficar nesta mão.


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