“Eu amo-te, adeus” – cada verso por lágrimas contidas,
Num descuido a alma resvala entre este coração partido,
Ecoando as palavras ditas, entretanto num hoje perdidas,
Numa voz ausente que nos pertence num beijo preterido,
Parto dela, ficando em mim o eco do que foi o firmamento,
Agora, por solidão, tão triste, tão cego, envolvido noite e dia,
Este é o cruel compasso da vida que nos separa do momento,
Ter-te-ei em sonhos e não nesta despedida, tão cruel, tão fria,
Eu amo-te, adeus, neste espaço dentre sonetos terás lugar,
Seguindo em frente, rumo à canção cantada por uma metade,
Mesmo aflorando no peito a memória de um doce e belo amar,
Eu amo-te, adeus, o lamento de uma melancolia aqui rascunhada,
Pois assim que por fim da mentira se faça novamente a verdade,
Trago-te na poesia, de mim para ti, para sempre em mim lembrada.
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