O tempo vai passando e eu por cá sediado,
Vem a pegada que vou trilhando sozinho,
Onde de mim faço fragmentos em bocado,
Por onde mim faço solitário este caminho,
Desperto para memórias dum tempo levado,
As sombras do dia subjacentes a esta alma,
Parece que o páramo já nem é tão estrelado,
Pois a algibeira sussurra pelo trilho calma,
A mim me abandonei quando perdi a sua mão,
E permiti a distância por fim ser vencedora,
Trago uma dolorosa cicatriz neste coração,
E assim fugi da sua envolvência tão acolhedora,
Agora vou por desertos e glaciares à contramão,
Até quando durará esta vigília entristecedora?
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