A criança do Elísio sussurrada dentre corredores vazios,
Calor transposto, o mundo habita bem longe destes versos,
Perdido pelas correntes do pensamento, guardando búzios,
Sem alcançar o fim, a ideia de mim desfaz-se em Universos
Do qual eu sou parte e Ele é parte de mim, e vem consciência
De coexistência, de saber do plural é também uno, o murmúrio
De Deus por cada estrofe partilhada, sem plano de contingência,
Vim ao Ser muito antes de ser, este é o trilho sem qualquer perjúrio,
No eu - as sombras do passado, os almejos do futuro, o potencial
Para sermos melhores que os nossos tetra-avós, essa é a escritura
Sem papel, pois todos estes anos eu cresci e fui sendo exponencial,
Sempre o mesmo, sempre mudando, é a bênção e o fardo, a abertura
Da porta para a habitação dos deuses, largando tudo menos o essencial,
Pois somos crianças vagueando os prados soalheiros da mais alta altura.
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