Por vezes a ampulheta não é medição para o agora,
Vejo os meus irmãos com corações cortados em metade
Pois quem passa deixa cortes e leva-os para o frio lá fora,
Que, apenas num momento, parece toda uma eternidade,
Pois apesar da consanguinidade para sermos no esvaecer
Até ao tremor das estrelas está esta única vera verdade
Sem distinção ao toque pois ou é a vida ou o morrer,
Esta é a canção das sirenes e envolvimento nos sentidos,
É o post-mortem e o pré-natalício, a mãe e o infanticida,
Já tivemos tantos rostos, tantas rugas e tantos apelidos,
Vós sabeis quem e de quem, adorna-vos o canto do olhar,
Este é pois o raio de Zeus no trilho, do aceno à despedida
Onde seguir-vos-ei por séculos de riqueza por tudo partilhar.
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