És tu o bêbedo e pedinte dos sonhos penhorados,
De corpo deambulado, serves para varrer as vielas,
Passas por mim e nem me vês, sou rostos inacabados,
E tu esgueirando à esquina, nasceste para morrer nelas,
És tu o pobre sem-abrigo das longas vidas procrastinadas,
De face gasta e rugas densas, atendes o meu falecimento,
Sem rendimento, sem vontade de viver as horas inacabadas
Onde foste perdição do ego, vício e falta de discernimento,
Todo o dia é outro dia regido por Baco e a sua sofreguidão,
Bebendo a garrafa até o meu reflexo por fim desaparecer,
Afastado o retiro, próximo do seguinte copo mera distracção
Para a ausência de ser gente, a negligente troca por morte,
Felizmente são apenas mais uns meses até enfim morrer,
Por fim bastam migalhas no chão à inexistência de sorte.
De corpo deambulado, serves para varrer as vielas,
Passas por mim e nem me vês, sou rostos inacabados,
E tu esgueirando à esquina, nasceste para morrer nelas,
És tu o pobre sem-abrigo das longas vidas procrastinadas,
De face gasta e rugas densas, atendes o meu falecimento,
Sem rendimento, sem vontade de viver as horas inacabadas
Onde foste perdição do ego, vício e falta de discernimento,
Todo o dia é outro dia regido por Baco e a sua sofreguidão,
Bebendo a garrafa até o meu reflexo por fim desaparecer,
Afastado o retiro, próximo do seguinte copo mera distracção
Para a ausência de ser gente, a negligente troca por morte,
Felizmente são apenas mais uns meses até enfim morrer,
Por fim bastam migalhas no chão à inexistência de sorte.
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