Confetes e grinaldas atiradas aos pés do viajante,
Sim, somos as cigarras humanas, os itinerantes,
As estações que eram sal nas lágrimas, o distante,
E essa distância é a altura entre o aqui e o precipício
Encoberto em armários e prateleiras repletas de poeira,
Os olhos vão fechando, sou uma presa, tenham respício
Do quanto já fui, do quanto serei no torvelinho da canseira,
Endireitar as costas e caminhar vertical é algo de trovador,
É algo que bate no peito, que abraça o trejeito, que é maior
Do que as pálpebras conseguem ocultar, o gesto do usurpador
Que exonera e extrai a luz do sol, que furta da lua a sua claridade,
O candeeiro é suficiente para mais uma noite, aqui o excelsior!
Reclamando o amor de todos os amantes de todo o tempo e idade.
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