quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Com Nome Mas Sem Apelido

Vou e desloco-me para o amanhã à luz desta idade,
Perante este olhar o Universo vai indo devagar,
Vagueando no divã protegido desta dualidade
Que quer mais, que não pretende, mas quer respirar

Forte e alto, para todos ouvirem, a imensa vontade,
A alvorada quebra as janelas azuis, este vago ver
Que almeja sonhar alto e trazer a divina infinitude
De paletes de cores da mais longínqua estrela, reter

Essa altura na sua e então saltar para o esquecimento,
Pois após tê-lo, é preciso largar cada uno momento
Ao acaso, ao coincidente, à solvência do casual,

O que pretendo está longe do humano, é o imortal,
Por isso largo esta pele e nomeio-me de constelação,
É o pedaço de mim que perdurará para além desta estação.

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