Mãos de papel e sorriso de porcelana,
Olho para o firmamento em busca de Ema,
Divaga à sua ausência esta alma cigana,
Ardendo no fogo ateado por este poema,
Olho para o firmamento em busca de Ema,
Divaga à sua ausência esta alma cigana,
Ardendo no fogo ateado por este poema,
Verto-me no abismo procurando salvação,
Sou vasilha para o sangue aqui derramado,
Por um último sonho, por um dar a mão,
Que não falte um beijo a quem há quebrado,
Sou vasilha para o sangue aqui derramado,
Por um último sonho, por um dar a mão,
Que não falte um beijo a quem há quebrado,
Aflorem as lembranças daquele sorriso,
Aquele suspiro de quem hoje é tão distante,
Rascunhos a carvão e giz a tom impreciso,
Aquele suspiro de quem hoje é tão distante,
Rascunhos a carvão e giz a tom impreciso,
Que sirva o silêncio, tu, deserto emocional,
Mesmo que traga todos neste semblante
À saudade e sede de uma aurora boreal.
Mesmo que traga todos neste semblante
À saudade e sede de uma aurora boreal.