sábado, 28 de janeiro de 2017

Levá-la-ei

Levá-la-ei para casa, sem olhar para trás,
Afogar-me-ão por dentro mas até quando?
Outro dia sou passageiro pelas horas más,
O sol erguer-se-á assim é seu memorando!

As escadas ascendentes para o céu aberto,
Exílio para os caídos, os ruídos abafados,
Perdidos no santuário do homem incerto,
Plumas ao vento e com fantasmas alçados,

Hoje espalhámos palavras ao sabor do vento,
As cicatrizes e pedaços de silêncio quebrado,
Passeio sozinho no pátio em tal vil tormento

Cujo rosto é arco e flecha no coração partido,
Sou seu beijo, candeia neste escuro estirado,
Que veja assim enfim o sol outrora prometido.