terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Ama-me…

Ama-me… tal uma rima de outro verão,
A noite cai e leva consigo este soneto,
Grito implorando-lhe que me dê a mão,
Fico para trás em poeirento esqueleto,

Fico para trás mendigando réstias de amor,
Por porções que me tornem todo de novo,
E é coabitando com este intuito de amador
Que me espalho pelo chão e me comovo

Pois passam as nuvens e nenhuma é minha,
Passam as marés e nenhuma me leva além
É esta expectativa que esta alma desalinha,

E o tempo esquecendo-se dos tempos de herói
Que então não me beija de volta com ou sem
Mais tempo em si e quanto o tempo ainda dói.