Folhas rasgadas atiradas ao cesto de papel,
Perdi o sol à margem desta caminhada,
A estória deixada à vertigem do carrossel
Pouco conta para a eternidade, a estrada
É mapas azuis de vida perdidos ao vento,
Tal beijos dados, lançados nesta brisa,
Parece que para viver já não temos tempo,
Que a musa ao ser se transviou da poetisa,
Suspirar é presente escrito no firmamento,
Vem o frio que nos cobre o esqueleto
E assim substitui o colorido por cinzento,
É o lamento com o trovador em dueto
Pudesse ele evitar o envelhecimento
Oh talvez assim este fosse outro soneto.