Escadas em espiral vou descendo sem varão,
Calma ainda não é tarde, passa o mundo,
Daqui o poeta se embala com a sua canção,
Aonde quer que passe é sempre vagabundo,
Proclamo endechas e elegias aos nascimentos
Da beleza em negridão que tanto lhe afigura
Esta presença atormentada por momentos
De outras eras, da fadiga vinda da clausura,
Alguém bate à porta, arauto desta mensagem,
Quase vejo colinas e searas ondulando ao vento,
Escrevo-lhes versos em silêncio tal homenagem,
Dedico-lhe beijos nunca dados, o eclipsado fim,
Quebrarei um dia estas ponte, este sentimento
Que adia os dias de vida que não vêm enfim.