quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Soneto: Às Estrelas

Mirando as belas flores da serra,
Sob um céu estrelado enamorado,
Sempre, e esse sempre em mim erra,
Em negro sonho de porcelana velado,

Num terraço ao altivo estelar aberto,
Uma cadente passou e trouxe almejos,
Eram suspiros partilhados com o incerto,
Em cristalinos e somente nossos lugarejos,

E ora, aqui vem a aprazível Aurora,
De áureos tons e em ténues pisadas,
Sossegando o almejado beijo na hora;

Nessa luz que sejas estas preces dissipadas,
Como suspiros largados ao volátil zéfiro, agora,
Nas idas noites, haveis sido minhas únicas amadas.