No rasto de poeira estelar há porções dela,
Em ténues e sutis pegadas de seu bailar,
Este sorriso realumia-se tanto ao vê-la,
Nessa dança pelo firmamento a vaguear,
Errante sim, porém sempre constante,
Num retrato cerúleo sempre tão belo,
És a menina do superior, a amante,
Reflectindo no brilho ocular o singelo,
Recolhes flores pelo forasteiro distante,
Trocando um pouco de azul por amarelo,
A água reluz, acordas cores no elísio infante,
Reabres neblinas em suspiros do inaudito véu,
E eu? Eu sou espectador e absorto lá pincelo,
De pés assente na terra e de coração no céu;