O quarto 112 tem uma luz no tecto,
Paredes brancas e um tic tac familiar,
Relembra idos tempos de terno afecto,
Em frágil ode ao ósculo único e singular,
O quarto 112 tem um silêncio só dela,
Que sonhos e sentires permite ao ser,
E noutrora a presença dessa donzela
A mim erguia aos céus, fazia-me crer,
Esse quarto pequeno detém nosso odor,
E em sua história contém prados e relva,
Por expressões de memória é tão tão maior,
Pois mudo recorda seu recital ao mundo,
Em torno e ao redor desta agreste selva,
Que o que foi fica, no passar do segundo.