As vertiginosas melodias dessa curva clave,
Só à minha almejada amada pertencem,
Pois é dela a única voz com a única chave,
Que emana os tons nos quais se sentem,
Macios suspiros em ternas harmonias,
Quase sempre em ritmos apressados,
Esse canto ressoa em primaveris elegias,
E este coração é nessa cantiga cativado;
Espalhando por campos repletos de flores,
O encanto de vossa vista formosa à janela,
Esta íris torna-se maior, capta vívidas cores!
E os braços abrem-se para te tocar oh bela!
És enfermidade, olvidaste meu atento escutar,
E nossas duas estrelas afastaram-se desta mão,
De quando te tinha do desperto até ao acordar,
E sorrio, embriagado no ardor dessa canção,
Que enleva e desalenta ininterruptamente,
Na breve passagem desta frágil estação,
Pretendo ouvi-la sempre, ternamente,
Ecoando afinal entre a razão e a emoção,
E ainda, ainda… ainda a escuto em mente…
No palpitar ténue de um meio de coração.