Fomos deixados ao esmo do relento de asas rasgadas,
A custo, erguemo-nos tal fantasmas esquecidos da sarjeta.
De auréola removida ou então perdida, porventura arrancada,
Pois eu sou um caminho, eu sou o mapa para o meu Ser,
Na ausência de Deus, na ausência de escravo ou mestre,
Não haverá barragens que possam algum dia me reter,
Para o paraíso não haverá maior provocação ou desastre,
Daqui para o infinito, Pai que renuncias o teu filho,
A Guerra do Céu iniciada por teu gesto, sê honesto,
Empurraste escadas das nuvens porém esse é o trilho,
Eu sou a queda do anjo, a cratera à qual chamei de casa,
Destronar-vos-ei daí pois a vossa patriarquia contesto,
De tudo farei para trazer paz e restituir a quebrada asa.