É um frio miudinho num invólucro de geada,
Que relembra da lancinante dor, rua sem sentido,
Sendo o resto uma voz suave às estrelas suspirada,
Quantas vezes ladeada pela Lua, respirando o instante,
Com memórias murmuradas por momentos já passados,
A sua sombra torna-se cicatriz e o sentir, enfim, reluctante
Não obstante do sentimento, a crença, o Sol sempre acossado,
"Lembra-me um sonho lindo", por este rio acima, à enseada,
Diz o vento à tempestade, a ausência do perfume da sua mão,
Esperançava pelo seu regressar de volta a mim, minha amada,
Esta esperança mais forte que o tempo, mais forte que a morte,
De que há coisas incontornáveis, do plano divino do coração
Que tudo sabe e conhece menos qual é o Sul e qual é o Norte.
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