Eu sou a parte da cura e o bocado da doença,
Outorgante do comité do Sr. ministro e o utente,
Preciso de algo para me deixar ir, a droga, a crença,
A paranóia é a vidraça quebrada de quem não sabe olhar,
Quando não basta bastar, quando falta poesia no tocar,
Fica a máquina parecendo humana, a ausência de poesia,
Não confere porto de abrigo, lugar de passagem, magia,
É a carência por algo impossível de algum dia alcançar,
É a querença por um pouco mais, envolvido na pulsação,
Pois esta vontade é de facto o querer ir mais longe, o ir buscar
O espaço perdido entre o caminho, a parte que me deixa sozinho,
A fagulha esquecida pelo Homem que sustentava o seu coração,
Por isso a procuro, sustenho e a partilho com quem é aqui vizinho.
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